Até onde...

Quanto vale a vida de alguém?
Quem decide isso?
Em que momento, nos deparamos com uma situação dessa?
Qual a diferença entre o valor da sua vida e da vida de outro?
As respostas pra essas perguntas eram incrivelmente simples pra mim, até ontem... Agora, nem tão simples assim...
Isso porque, minhas respostas não foram suficientemente fortes pra mudar o que ao meu ver deveria ser mudado... O DESCASO DOS OUTROS!
Eu trabalho com pessoas, meu trabalho envolve cuidado com as pessoas.
Eu trabalho com pessoas que deveriam cuidar de pessoas.
Mas nem sempre elas cuidam... Aliás, raramente cuidam... Ou melhor, investem nas pessoas.
Ou como ouvi, ontem: - Se a situação social e econômica da família fosse diferente... BLÁ BLÁ BLÁ BLÁ...
Pura bobagem... Lixo!
Eu brigo, esperneio, xingo, ironizo, mas eu luto pelo o que acredito. Só que nem sempre adianta...
Eu não sou a melhor pessoa do mundo, estou muitoooo longe de ser.
Mas acredito em fazer o que é correto... e o correto é não desistir da vida de ninguém. É não abandonar quem precisa de ajuda, quem precisa de cuidados, quem mal sabe se expressar, quem tem uma vida... que pode ser tão longa quanto a sua, tão longa quanto a minha.
Afinal, a quem cabe determinar quanto alguém vai viver?
Que experiências terá?
Não importa... O fato é que, quando alguém se propõe a fazer algo, deve fazer bem feito. O melhor que puder... O quanto puder... Até quando puder, e ponto final.
Não faça algo de má vontade... Seja o que for, dê o seu melhor, sempre!


Acho que deu pra notar, que me irritei, me incomodei, briguei e usei todos os argumentos possíveis... mas não consegui, não pude fazer nada para mudar a situação... Aí entendi, o que não pude mudar não foi a situação em si, foi a capacidade mental deficiente de alguém.
E a cabeça dos outros, com suas ideias ridículas e sem fundamento, muitas vezes não podem ser mudadas, infelizmente.


É isso aí, por enquanto!